O que é o Concurso Nacional Unificado (CNU)?

O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), também conhecido como Concurso Nacional Unificado (CNU), é uma iniciativa inovadora do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) do Governo Federal do Brasil.

Criado com o propósito de centralizar e otimizar o processo de contratação de novos servidores públicos federais, o CPNU busca ampliar a eficiência e democratização no acesso às vagas no serviço público.

Tendo sua primeira edição marcada para 2024, esse concurso promete transformar o panorama dos concursos públicos nacionais.

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Objetivos e razões para a criação do CNU

O CPNU foi criado com múltiplos objetivos que visam resolver problemas estruturais no serviço público brasileiro. Entre as principais metas estão a recomposição da força de trabalho que presta serviços à população, aumentando assim a capacidade de resposta do Estado frente às crescentes demandas da sociedade. A centralização dos processos de contratação e a agilização das admissões são outros pontos cruciais, uma vez que permitem a otimização dos recursos e diminuem a burocracia envolvida na realização de inúmeros concursos separados.

Além disso, o CPNU tem como missão ampliar e democratizar o acesso às vagas públicas. Ao realizar um concurso que atende múltiplos órgãos e carreiras, o governo federal possibilita que mais pessoas de diferentes regiões e contextos sociais tenham a oportunidade de ingressar no serviço público. Outro objetivo importante é selecionar perfis representativos da sociedade brasileira, garantindo diversidade no quadro de servidores.

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Estrutura do concurso e realização das provas

Inspirado pelo modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o CNU será realizado simultaneamente em diversas cidades, garantindo ampla concorrência e acessibilidade. A primeira edição do concurso será aplicada em 220 cidades, otimizando a distribuição geográfica e facilitando o acesso dos candidatos. As provas serão aplicadas em um único dia, divididas em dois turnos com avaliações objetivas e discursivas.

Os conteúdos das provas contemplarão temas comuns, como ética, administração pública e realidade brasileira, além de questões específicas para cada área de atuação. A estrutura da governança do concurso será liderada pelo MGI, com apoio técnico de instituições renomadas como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Controladoria-Geral da União (CGU). A Cesgranrio foi escolhida como a primeira banca organizadora do CPNU, o que garante um processo de seleção rigoroso e transparente.

Distribuição das vagas e blocos temáticos

Para a primeira edição, serão oferecidas 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos públicos federais. Essas vagas estão organizadas em oito blocos temáticos, o que permite aos candidatos escolherem um bloco específico no ato da inscrição e concorrerem a diferentes cargos dentro desse bloco. Abaixo está a distribuição das vagas por bloco temático:

  • Infraestrutura, Exatas e Engenharias: 727 vagas
  • Tecnologia, Dados e Informação: 597 vagas
  • Ambiental, Agrário e Biológicas: 530 vagas
  • Trabalho e Saúde do Servidor: 971 vagas
  • Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos: 1.016 vagas
  • Setores Econômicos e Regulação: 359 vagas
  • Gestão Governamental e Administração Pública: 1.748 vagas
  • Nível Médio: 692 vagas

Essa organização por blocos facilita o direcionamento dos candidatos, que podem escolher áreas afins com suas formações e experiências, aumentando as chances de sucesso e satisfação profissional.

Desafios e primeira edição

A primeira edição do CPNU não foi isenta de desafios. Devido às enchentes no Rio Grande do Sul em abril de 2024, as provas inicialmente marcadas para 5 de maio foram adiadas. Este adiamento visou garantir a segurança dos candidatos e a integridade do processo seletivo. No final de maio, a nova data foi anunciada para 18 de agosto, ocasião na qual quase metade dos candidatos não havia conferido o local de prova, resultando em uma abstenção de 54%.

Durante a aplicação das provas, algumas normas específicas precisaram ser seguidas rigorosamente, como a marcação correta do tipo de gabarito recebido e a transcrição de uma frase para o cartão resposta. Apesar de inicialmente a ministra afirmar que os candidatos não seriam eliminados por descumprir essa norma, posteriormente o governo confirmou que a completa identificação do cartão de resposta era mandatória para a aprovação.

A criação do Concurso Público Nacional Unificado representa um passo significativo na modernização e otimização do processo de contratação de servidores públicos no Brasil. Ao centralizar as seleções, ampliar o acesso e democratizar as oportunidades, o CPNU atende a uma demanda crescente por um serviço público eficiente e representativo da diversidade da sociedade brasileira. Embora enfrente desafios logísticos e operacionais, o potencial transformador do CPNU é inegável, prometendo marcar um novo capítulo na história dos concursos públicos no país.

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