O 35º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB) trouxe importantes discussões sobre o futuro da instituição e reforçou a necessidade de um novo concurso público. O evento reuniu representantes sindicais e trabalhadores na capital paulista e apontou caminhos para a valorização da categoria.
Além do edital previsto, diversos temas estratégicos foram debatidos, reforçando o papel social do banco e a defesa de melhores condições de trabalho e benefícios para os funcionários.
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Novo concurso Banco do Brasil em pauta
A realização de um novo concurso público para o Banco do Brasil entrou na agenda prioritária da categoria, conforme apontado no 35º CNFBB. O banco confirmou que há estudos em andamento desde junho de 2024 com vistas à reposição de pessoal, sobretudo diante do déficit no quadro de servidores.
Entre as propostas apresentadas pelo próprio BB está a abertura de até 7.200 vagas, majoritariamente para os cargos de Assistente de Negócios e Gerente de Relacionamento. A expectativa é de que o novo edital seja divulgado já em 2025.
A Fundação Cesgranrio é apontada como possível organizadora do processo seletivo, uma vez que o contrato vigente com o banco foi prorrogado até dezembro de 2025 e permite novas seleções durante esse período.
Eixos de luta aprovados no 35º CNFBB
Durante o congresso, representantes sindicais consolidaram uma pauta estruturada com 23 eixos de luta voltados ao fortalecimento do Banco do Brasil como empresa pública, ao bem-estar dos funcionários e à sustentabilidade dos planos de saúde e previdência.
Os principais pontos aprovados incluem:
- Defesa da função pública do BB, com ênfase em desenvolvimento social e apoio à agricultura familiar;
- Expansão do PRONAF e retorno do programa DRS (Desenvolvimento Regional Sustentável);
- Reabertura de agências em municípios desbancarizados;
- Criação de mais postos de trabalho e recomposição do quadro de pessoal via concurso;
- Cumprimento efetivo das cotas para Pessoas com Deficiência (PCDs);
- Combate às terceirizações e assédio moral;
- Fortalecimento da Previ e da Cassi com gestão paritária e maior financiamento por parte do banco.
Avanços na saúde e na previdência dos funcionários
Um dos tópicos de maior destaque foi o cuidado com a saúde dos trabalhadores. Os participantes cobraram melhorias na estrutura da Cassi, com ênfase em saúde mental, ampliação da rede de atendimento e inclusão de procedimentos específicos, como a cirurgia de afirmação de gênero.
Houve ainda ênfase na necessidade de diversificar fontes de financiamento para a Cassi. A proposta central aprovada prevê que o banco arque com 70% das contribuições, mantendo o valor atual dos associados.
No campo da previdência, destacou-se a defesa da governança da Previ e do modelo de gestão compartilhada. Os representantes querem tratamento isonômico aos egressos de bancos incorporados e ampliação do acesso ao plano Previ Futuro.
Próximos passos e mobilização dos trabalhadores
O evento também serviu para aumentar a mobilização da categoria em defesa do papel público do Banco do Brasil. Além das propostas estruturais, foram aprovadas campanhas como:
- Em defesa do Banco do Brasil como banco público;
- "Menos Metas, Mais Saúde";
- Contra o assédio moral;
- Ações permanentes nas mesas de negociação sobre a Cassi.
Moções de repúdio e defesa também foram apresentadas e aprovadas, incluindo protestos contra ataques internacionais à soberania nacional e reivindicações por mais transparência na destinação de verbas parlamentares.
A expectativa agora recai sobre o anúncio oficial do novo edital, que pode representar não apenas nova oportunidade de emprego, mas também um reforço na missão social e estratégica do Banco do Brasil no cenário nacional.
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