Olá, concurseiro! Se você está de olho nas oportunidades da área policial, certamente já se deparou com o cargo de papiloscopista ou datiloscopista. Mas você sabe o que esse profissional faz na Polícia Federal?
Neste artigo, vamos desvendar o mundo da papiloscopia, uma ciência que é fundamental para a identificação humana, desde a história e ciência por trás das impressões digitais, até a atuação do papiloscopista na Polícia Federal e outras atribuições. Acompanhe para saber tudo sobre essa carreira que pode ser a sua!
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Papiloscopia: como surgiu e o que é?
A papiloscopia é a ciência dedicada à identificação humana por meio das impressões papilares. Desde tempos remotos, há indícios da observação dessas marcas únicas, como os desenhos encontrados em cavernas pré-históricas.
A percepção de que os padrões nas pontas dos dedos, palmas das mãos e plantas dos pés eram distintos em cada indivíduo, abriu caminho para o desenvolvimento da papiloscopia como ferramenta de identificação.
Ao longo dos séculos, diversos estudiosos contribuíram para o avanço dessa ciência. Nomes como Galton, Vucetich e Henry são referências na papiloscopia, responsáveis por estabelecer métodos de diferenciação e identificação por meio das impressões digitais. Esses pioneiros, ao analisarem detalhadamente as linhas e sulcos presentes nas papilas dérmicas, constataram que elas formavam padrões únicos e individualizadores.
Impressões papilares e suas características
As impressões digitais, como são popularmente chamadas as impressões papilares, são formadas ainda durante o desenvolvimento embrionário. As papilas dérmicas, que originam esses padrões, surgem a partir da décima semana de gestação.
Uma característica notável é a singularidade de cada impressão digital, não havendo registros de duas pessoas com impressões idênticas. Além disso, as impressões papilares se mantêm presentes desde a vida uterina até a morte, sem alterações significativas ao longo da vida, a menos que fatores internos (alergias e doenças congênitas) ou externos (cortes, produtos químicos, etc.) interfiram.
Essa combinação de universalidade, perenidade, imutabilidade e variabilidade faz com que o estudo das impressões digitais seja um método altamente eficaz de identificação. Essa ciência se baseia em dois princípios fundamentais: a perenidade, que indica a permanência das impressões digitais ao longo da vida; e a imutabilidade, que se refere à resistência dessas marcas a mudanças.
A ciência por trás da singularidade
O relevo formado pelas cristas e sulcos nas pontas dos dedos, além de sua função antiderrapante, forma padrões de movimento e fluxo únicos para cada indivíduo. Esses padrões, observados e classificados por cientistas como Galton e Vucetich, permitem a identificação individual. Vucetich, inclusive, criou um padrão de classificação ainda utilizado por diversas polícias no mundo, incluindo as brasileiras.
Papiloscopia no Brasil
No Brasil, a papiloscopia ganhou reconhecimento e começou a ser utilizada pelo governo no início do século XX. Inicialmente, a principal aplicação era na emissão de documentos, identificação de estrangeiros e investigação criminal.
Atualmente, a identificação oficial, tanto civil quanto criminal, é realizada pelos Institutos de Identificação (IIs) dos estados, geralmente vinculados às Secretarias de Segurança Pública.
Processos da papiloscopia
A papiloscopia se divide em três processos principais:
- Datiloscopia, que se concentra na identificação por meio das impressões digitais;
- Quiroscopia, que se dedica à identificação pelas impressões palmares (palmas das mãos); e
- Podoscopia, que realiza a identificação pelas impressões plantares (plantas dos pés).
A datiloscopia é a mais utilizada devido à facilidade de coleta e análise das impressões digitais.
O que faz um perito papiloscopista?
O perito papiloscopista é o profissional responsável por analisar esses padrões e detalhes nas impressões papilares, a fim de individualizar uma pessoa. Seu trabalho é de suma importância para a identificação humana, tanto em investigações criminais quanto em outras áreas.
A perícia papiloscópica se tornou uma ferramenta valiosa na ciência forense, pois permite a identificação precisa e confiável de indivíduos, auxiliando na resolução de crimes e na garantia da segurança pública.
Qual a atuação do papiloscopista na PF?
O papiloscopista na Polícia Federal desempenha um papel crucial na identificação humana, sendo o profissional responsável por executar, orientar, supervisionar e fiscalizar todos os procedimentos relacionados a impressões papilares.
Sua atuação abrange desde o reconhecimento e isolamento de fragmentos até a emissão de laudos oficiais, além da gestão de bancos de dados de identificação. Para além do trabalho de campo, o papiloscopista também lida com a representação facial humana e prosopografia, mostrando a amplitude de suas responsabilidades.
Dentro da estrutura da Polícia Federal, o papiloscopista atua diretamente em perícias papiloscópicas, um conjunto de técnicas que visam a busca e análise de impressões papilares para descobrir a identidade de quem as produziu.
A perícia envolve desde a coleta de digitais com o uso de pós, até a análise minuciosa dos padrões formados pelas cristas e sulcos. Essa análise detalhada é fundamental, pois, através dela, é possível individualizar pessoas com base em suas impressões digitais, um método de identificação universalmente aceito e altamente eficaz.
Perícia papiloscópica: a rotina do cargo
No dia a dia, o papiloscopista Policial Federal é frequentemente solicitado a realizar perícias em diversos locais, como veículos, embalagens de drogas, móveis e paredes. A busca por impressões digitais pode ocorrer em praticamente qualquer superfície que tenha sido tocada por um ser humano.
A perícia, por sua vez, segue regras estritas de manuseio para garantir a integridade da prova, utilizando luvas e documentando cada etapa do processo por meio de fotografias e vídeos. Essa atenção aos detalhes é fundamental para assegurar a confiabilidade da prova apresentada à justiça.
Além da coleta e análise de impressões papilares, o trabalho do papiloscopista envolve a documentação da cadeia de custódia, um conjunto de procedimentos que garantem a integridade e autenticidade da prova. Essa documentação é crucial para assegurar que os resultados da perícia sejam válidos perante a lei. A perícia papiloscópica se torna um meio de prova valioso quando combinada com os fatos apurados durante a investigação criminal, contribuindo para a elucidação de crimes.
Outras funções do papiloscopista
O trabalho do papiloscopista na Polícia Federal não se restringe apenas à análise de impressões digitais em cenas de crime. Além da atuação pericial, esses profissionais desempenham outras funções cruciais para a segurança pública e a identificação civil. Veja quais são:
Retrato falado
Uma dessas funções, bastante conhecida, é a elaboração de retrato falado. A partir de descrições detalhadas fornecidas por testemunhas, o papiloscopista utiliza técnicas de representação facial humana para criar uma imagem que auxilie na identificação de suspeitos ou desaparecidos.
Essa ferramenta já se mostrou essencial em diversas investigações criminais, sendo um exemplo notável o caso do assalto ao Banco Central de Fortaleza, onde o retrato falado contribuiu significativamente para a prisão de um dos envolvidos.
Necropapiloscopia
Outra área de atuação importante é a necropapiloscopia, que se dedica à identificação de pessoas falecidas através de suas impressões papilares. Essa especialidade desempenhou um papel fundamental em tragédias como os desastres de Brumadinho e Mariana, bem como em acidentes aéreos, como o do voo da Air France e o da Chapecoense.
Em momentos de grande comoção e dificuldade de reconhecimento dos corpos, a atuação dos necropapiloscopistas, em conjunto com outras áreas da identificação forense, como a genética, permite que as famílias possam identificar seus entes queridos e dar-lhes o devido sepultamento.
Emissão de documentos e controle migratório
Adicionalmente, os papiloscopistas atuam na emissão de passaportes, verificando a autenticidade das informações e das impressões digitais dos solicitantes. Esse processo contribui para a segurança dos documentos e previne fraudes.
No controle migratório, esses profissionais são responsáveis pela identificação de estrangeiros, garantindo que não haja entrada ilegal de pessoas com histórico criminal ou sob outras restrições.
Análise de documentos e segurança
Além disso, uma função menos conhecida, mas igualmente importante, é a análise de documentos com suspeita de falsificação. Os papiloscopistas comparam as informações contidas nos documentos com os dados dos órgãos emissores, e também analisam as impressões digitais, a fim de detectar possíveis irregularidades. Essa análise é crucial para identificar e prevenir fraudes em diversos contextos, como em documentos de identidade, cheques, contratos, entre outros.
Importância do papiloscopista na segurança pública
Com a crescente demanda por segurança e identificação precisa, o cargo de papiloscopista, seja na Polícia Federal ou nas polícias civis estaduais, se torna cada vez mais relevante. A ciência por trás da papiloscopia, com sua base em princípios como a universalidade, perenidade, imutabilidade e variabilidade das impressões digitais, garante a precisão na identificação humana, sendo fundamental para a elucidação de crimes e na identificação de indivíduos em diversas situações.
Sua atuação se estende desde a investigação criminal, com a perícia em locais de crime, até a identificação civil, com a emissão de documentos e o controle migratório. Todas essas atividades são essenciais para garantir a segurança pública e a integridade das informações, tornando o papiloscopista um profissional indispensável no cenário da segurança pública.
Para aqueles que buscam uma carreira desafiadora e de grande importância social, a papiloscopia oferece um campo de atuação amplo e promissor, tanto na esfera federal quanto estadual.
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