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Resumo da História do Brasil: Colonização e Mercantilismo

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A história do Brasil é marcada por uma série de eventos e processos que moldaram a nação ao longo dos séculos. Desde o período de colonização até as políticas mercantilistas, cada etapa contribuiu para a formação da sociedade brasileira contemporânea. Vamos aprofundar neste contexto histórico, examinando as principais fases da colonização e as estratégias mercantilistas adotadas pela Coroa Portuguesa.

No início do século XVI, as grandes navegações impulsionaram a expansão marítima e comercial europeia, inaugurando a Era Moderna. Portugal, uma das nações pioneiras nessa empreitada, foi a responsável pela descoberta do território que viria a se chamar Brasil. A chegada dos portugueses ao Brasil em 1500 marcou o início de um longo processo de colonização, inicialmente focado na exploração do pau-brasil, uma madeira valiosa na Europa por suas propriedades tintoriais.

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Período Pré-Colonial (1500 – 1530)

A fase pré-colonial é caracterizada pelo desinteresse de Portugal em estabelecer uma colonização efetiva no território brasileiro. Nesse período, a principal atividade econômica foi a extração do pau-brasil. A madeira, abundante na costa litorânea, era explorada através de um sistema de escambo, onde os portugueses trocavam produtos europeus com os indígenas pela mão de obra necessária para a extração.

Portugal inicialmente arrendou a exploração do pau-brasil a um grupo de cristãos novos, liderados por Fernão de Noronha, que obteve a primeira Capitania Hereditária em 1504. O sistema de feitorias, armazéns fortificados ao longo da costa, foi estabelecido para armazenar e proteger a madeira até o transporte para a Europa. No entanto, o foco de Portugal permanecia nas lucrativas rotas comerciais das especiarias orientais.

A colonização: 1530 em diante

Em 1530, Portugal tomou providências para iniciar a colonização sistemática do Brasil, motivado pela ameaça de piratas franceses e a decadência do comércio de especiarias no Oriente. A expedição de Martim Afonso de Souza foi enviada com o intuito de estabelecer núcleos de povoamento e fundar vilas. A partir deste momento, o Brasil passou a ser dividido em Capitanias Hereditárias, um sistema que visava facilitar a administração e a colonização do vasto território.

Capitanias hereditárias e governo-geral

O sistema de Capitanias hereditárias não foi completamente bem-sucedido devido a diversos desafios, como ataques indígenas e falta de recursos. Portanto, em 1549, para centralizar o poder e garantir uma administração mais eficiente, Portugal instituiu o Governo-Geral, com Tomé de Sousa sendo o primeiro governador-geral.

Economia de exploração

A principal característica da economia colonial brasileira foi a sua função exploratória, direcionada a atender às necessidades mercantilistas da metrópole. A economia estava estruturada em grandes propriedades (latifúndios), monocultura (especialmente açúcar) e trabalho escravo. Este modelo garantiu que a produção fosse destinada prioritariamente ao mercado externo, em linha com os princípios do mercantilismo, que buscavam o acúmulo de riquezas para o reino lusitano.

Mercantilismo e monopolização

O sistema mercantilista adotado consistia na interligação econômica entre a colônia e a metrópole, com a colônia provendo recursos e a metrópole controlando o comércio. O Estanco era uma prática comum, onde o rei concedia privilégios de exploração a particulares mediante pagamento de direitos, centralizando o controle econômico nas mãos da Coroa.

A exploração de riquezas naturais, como o ouro e os diamantes no século XVIII, reforçou ainda mais o caráter mercantilista da colonização. A criação de mecanismos como as Casas de Fundição ilustra como Portugal gerenciava a exploração mineral e o envio de metais preciosos para a Europa.

Conclusão

A colonização e o mercantilismo são fundamentais para entender a formação econômica, social e política do Brasil colonial. O domínio português resultou em uma economia voltada para a exportação e altamente dependente dos interesses metropolitanos, com a exploração de recursos naturais e a utilização de mão de obra escrava. Estes fatores não só delinearam a estrutura social da época, mas também tiveram reflexos duradouros na sociedade brasileira.

A riqueza natural do território auxiliou Portugal a construir um império comerciante significativo, embora às custas de profundas desigualdades sociais e econômicas que marcam até hoje a história do país. Entender este contexto é crucial para compreender os alicerces sobre os quais o Brasil moderno foi construído.

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