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Resumo da Revolução Inglesa

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A Revolução Inglesa foi um período de grande transformação na história da Inglaterra, caracterizado por conflitos intensos e mudanças significativas na estrutura política e social do país. Ao longo do século XVII, a Inglaterra passou por guerras civis, mudanças de regime e a reconfiguração de seu sistema de governo. 

Este período pode ser dividido em três fases principais: a Guerra Civil Inglesa, a Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa.

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A Guerra Civil Inglesa (1641-1649)

A Guerra Civil Inglesa, que durou de 1641 a 1649, foi um conflito prolongado que dividiu profundamente o país. De um lado estavam os Cavaleiros, leais ao rei Carlos I, e do outro, os Cabeças-Redondas, que apoiavam o Parlamento. O conflito teve início em um contexto de tensão política e social, onde a crescente demanda por participação política e liberdades civis contrastava com o absolutismo monárquico.

Os Cavaleiros contavam com o apoio dos aristocratas do oeste e do norte, além de parte da burguesia preocupada com as agitações sociais. Em contraponto, o exército parlamentar, liderado por Oliver Cromwell, era formado principalmente por camponeses, burgueses londrinos e a gentry. Uma das batalhas mais decisivas foi a de Naseby, em 1645, onde os Cabeças-Redondas derrotaram os Cavaleiros, levando à captura do rei Carlos I. Eventualmente, o Parlamento decidiu pela execução do rei em 1649, um ato que simbolizou o rompimento definitivo com a ideia de monarquia de direito divino.

A Revolução Puritana (1649-1658)

Após a execução de Carlos I, Oliver Cromwell assumiu o comando, atendendo principalmente aos interesses da burguesia. No entanto, sua liderança foi marcada por diversas rebeliões na Escócia e na Irlanda, que ele reprimiu brutalmente. Cromwell buscou eliminar qualquer reação monarquista e realizou uma “limpeza” no exército, executando líderes dos escavadores, trabalhadores rurais que exigiam a redistribuição de terras.

Para fortalecer o comércio inglês e combater a concorrência holandesa, Cromwell implementou os Atos de Navegação, que determinavam que o comércio com a Inglaterra só poderia ser feito por navios ingleses ou dos países negociantes. Em 1653, se autoproclamou Lorde Protetor da República, governando com poderes praticamente absolutos. Apesar de sua ditadura puritana, ele recusou usar uma coroa. Após sua morte, em 1658, seu filho Richard Cromwell assumiu o poder, mas foi rapidamente deposto em 1659.

A Volta dos Stuart e a Revolução Gloriosa (1660-1688)

Com a deposição de Richard Cromwell, a monarquia foi restaurada em 1660, e Carlos II, da família Stuart, foi proclamado rei com poderes limitados pelo Parlamento. Contudo, sua proximidade com o rei francês Luís XIV e suas ações pró-comércio inglês, incluindo novos Atos de Navegação, geraram desconfiança. Seu reinado viu a aprovação da Lei do Teste, exigindo que funcionários públicos professassem anticatolicismo, dividindo o Parlamento em dois grupos: whigs, favoráveis a mudanças revolucionárias, e tories, defensores da antiga aristocracia feudal.

Com a morte de Carlos II, seu irmão Jaime II assumiu o trono em 1685. Suas tentativas de restaurar o absolutismo e o catolicismo, além de punir revoltosos ao negar o habeas corpus, levaram a um rompimento definitivo com o Parlamento. Em resposta, o Parlamento convocou Maria Stuart, filha de Jaime II, e seu marido, Guilherme de Orange, para assumir o trono. Jaime II fugiu para a França, e Maria e Guilherme foram coroados. Eles assinaram a Declaração dos Direitos, limitando os poderes do rei e fortalecendo o Parlamento.

Exercícios para praticar

Confira esse exercício da UFJF:

Alternativa correta: C.

Repare que o comando da questão cobra a alternativa incorreta. A alternativa errada é a letra C, pois as assim chamadas revoluções inglesas expressaram uma grande tensão entre a tentativa de a monarquia se impor sobre o Parlamento. Em muitos momentos, o Parlamento foi fechado pelos monarcas, principalmente durante a dinastia dos Stuarts. Dessa forma, os movimentos revolucionários foram para evitar a centralização nas mãos do monarca.

Confira esse exercício da UFJF:

Alternativa correta: E.

Conclusão

A Revolução Inglesa foi um marco crucial na consolidação da democracia e do parlamentarismo na Inglaterra. Ela reconfigurou a relação entre a monarquia e o Parlamento, estabelecendo precedentes que ecoam até hoje nas estruturas políticas modernas. Esse período de transformação mostrou a força do ideal democrático diante do absolutismo, e suas consequências moldaram não apenas o futuro da Inglaterra, mas também de muitas democracias ao redor do mundo.

Com a assinatura da Declaração dos Direitos, iniciou-se uma nova era de governança, onde a autoridade do rei foi finalmente equilibrada com a do Parlamento. Este período de transição acabou por lançar as bases políticas que influenciam os sistemas democráticos contemporâneos, refletindo a longa jornada de um país em busca de justiça, liberdade e representação popular.

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