A disciplina de filosofia no Enem tem se destacado por apresentar um equilíbrio entre questões teóricas e temáticas voltadas para ética, política e cidadania. Analisando a distribuição dos conteúdos nos últimos anos, percebe-se uma recorrência de períodos filosóficos clássicos e modernos, além de temas voltados para direitos humanos e justiça social, refletindo o perfil interdisciplinar do exame.
Para garantir um bom desempenho, é essencial dominar os filósofos mais cobrados, como Aristóteles e Platão, além de conceitos fundamentais. Revisões estratégicas como as ministradas pela Profa. Gabi Garcia ajudam os candidatos a identificar padrões e focar no essencial, otimizando o tempo para uma preparação eficaz.
O que você vai ler neste artigo
Distribuição das questões de filosofia nos últimos anos
Ao analisar os últimos seis anos do Enem, percebe-se um padrão de distribuição das questões de filosofia que pode ajudar os estudantes a direcionar seus estudos com mais precisão. Embora o Enem não tenha um número fixo de questões atribuído a essa disciplina em cada edição, a filosofia frequentemente conta com uma média de 7 a 10 questões na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias, dividindo espaço com história, geografia, sociologia e outros temas interdisciplinares.
Como os temas se organizam?
Ao longo dos anos, a prova vem apresentando as questões de filosofia de forma equilibrada entre os diferentes períodos históricos e temáticas. Com isso, é possível identificar tanto uma regularidade quanto uma preferência por algumas abordagens. A divisão cobre os principais períodos filosóficos:
- Filosofia Clássica: Geralmente, a filosofia clássica é representada pelos filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles e aparece de maneira consistente ao longo das provas. Aristóteles, por exemplo, tem sido um dos mais recorrentes, frequentemente abordando os conceitos de ética, virtude e justiça social.
- Filosofia Medieval: Sendo um período menos explorado, as questões que surgem geralmente envolvem Santo Agostinho, com sua teoria da iluminação divina, ou Tomás de Aquino, associado às cinco vias e à harmonia entre fé e razão. Embora menos frequente, essas questões não devem ser ignoradas devido à profundidade e relevância intelectual dos temas tratados.
- Filosofia Moderna: Este é um núcleo forte de questões, especialmente com representações do racionalismo de Descartes e do empirismo de filósofos como John Locke e David Hume. Adicionalmente, os contratualistas, como Hobbes, Locke e Rousseau, são pontos frequentes relacionados à filosofia política.
- Filosofia Contemporânea: Aqui, há uma grande presença de temas referentes ao existencialismo (com pensadores como Sartre), à teoria crítica (Escola de Frankfurt), aos estudos de poder de Michel Foucault e a questões éticas contemporâneas. Além disso, o Enem tem dado destaque à interdisciplinaridade, considerando as filosofias contemporâneas sob a perspectiva de temas como justiça social e diversidade.
Dados sobre a frequência das questões
A seguir estão alguns dados extraídos de edições recentes:
Ano do Enem | Questões de filosofia na prova regular | Observações |
---|---|---|
2023 | Entre 8 e 10 | Forte presença de Aristóteles e Foucault. |
2022 | 7 | A contemporaneidade foi enfatizada. |
2021 | 9 | Questões mais abrangentes entre ética e política. |
2020 | 7 | Alta incidência de filosofia moderna. |
2019 | 10 | Contratualistas e ética iluminista dominaram. |
2018 | 8 | Reflexão sobre direitos humanos com viés filosófico. |
O que mais aparece nas questões?
O Enem costuma alternar entre questões interpretativas (que exigem a análise de textos filosóficos ou situações práticas) e diretas, que pedem um conhecimento específico sobre os conceitos de determinados autores. Entre os assuntos mais cobrados, destacam-se:
- Temas universais filosóficos: Justiça, ética e política.
- Contraposição entre filósofos: Por exemplo, comparação entre Aristóteles e Hobbes sobre a organização da sociedade.
- Atualidades e interdisciplinaridade: Usualmente conectadas à filosofia contemporânea, como reflexões sobre cidadania e direitos humanos.
Essa flexibilidade do Enem abraça a interdisciplinaridade, integrando diferentes áreas do conhecimento em suas questões. É comum encontrar textos de filósofos modernos ou clássicos conectados a realidades sociais, tecnológicas e científicas contemporâneas.
Conteúdos preferidos e mais cobrados no Enem
A prova de filosofia no Enem apresenta uma seleção equilibrada de questões distribuídas entre os diferentes períodos históricos da disciplina, como filosofia clássica, medieval, moderna e contemporânea. Contudo, há conteúdos e autores que se destacam pela frequência com que são cobrados. Com a análise dos últimos anos, é possível identificar quais temas e pensadores merecem maior atenção durante a revisão.
Filosofia clássica: a base do pensamento ocidental
Os grandes nomes da filosofia clássica, como Platão e Aristóteles, são frequentemente cobrados no Enem. Suas contribuições à ética, política e epistemologia são questões recorrentes. Aristóteles, por exemplo, destaca-se em temas como “Ética a Nicômaco”, a ideia do meio-termo, a busca pela virtude e a justiça social. Questões relacionadas a Platão geralmente abordam o mito da caverna e conceitos como o mundo sensível e inteligível.
Além disso, os pré-socráticos também têm aparecido, explorando suas concepções iniciais sobre a origem do cosmos (arché). Com isso, temas como cosmologia e contrapontos com explicações mitológicas tendem a surgir, exigindo do aluno um conhecimento dos fundamentos do pensamento racional.
Idade Média: fé e razão
Apesar de ser o período com menor número de questões, os temas da filosofia medieval, representados principalmente por Santo Agostinho e Tomás de Aquino, ainda aparecem no Enem. Agostinho é frequentemente relacionado à teoria da iluminação divina e às discussões sobre o livre-arbítrio.
Em contrapartida, Tomás de Aquino é abordado em questões que exploram sua conciliação entre fé e razão, representadas em suas “cinco vias” para a comprovação da existência divina. Esse período requer do candidato um entendimento das raízes filosóficas que fundamentaram a teologia cristã e moldaram boa parte do pensamento ocidental.
Filosofia moderna: racionalismo, empirismo e contratualismo
A filosofia moderna concentra boa parte das questões do Enem, abordando temas como a epistemologia, com Descartes e seu racionalismo, e Hume com o empirismo radical. Descartes é comumente cobrado com seu método da dúvida, expressado na famosa frase “penso, logo existo”.
O contratualismo também se apresenta como um assunto fundamental. Autores como Hobbes, Locke e Rousseau aparecem conectados a debates sobre estado de natureza, contrato social e liberdade. Hobbes, em especial, chama atenção ao descrever o homem como lobo do homem e enfatizar a necessidade de um Estado forte para evitar o caos.
Filosofia contemporânea: existência e sociedade
Autores vinculados à filosofia contemporânea têm muitas vezes sido o foco da prova, com nomes como Nietzsche, Sartre, Foucault e a Escola de Frankfurt emergindo como os mais recorrentes desse período. Questões abordam tópicos como a industrialização, crise de valores e a construção da identidade individual e social.
Nietzsche é notado pela crítica à moral cristã e ao conceito de niilismo, enquanto Sartre enfoca a liberdade e a responsabilidade individual. Já a abordagem de Foucault no Enem geralmente está ligada ao poder disciplinar e suas implicações sociais, como a vigilância e o controle.
A Escola de Frankfurt aparece em questões relacionadas à indústria cultural, explorando conceitos sobre alienação, consumo e individualismo nas sociedades contemporâneas. Esses temas requerem maior atenção nas revisões pela relevância atual e interdisciplinaridade que despertam.
Temas recorrentes: ética, política e justiça
Independente do período filosófico, os temas de ética, justiça e política são transversais nas questões do Enem. Esse foco dialoga com a proposta da prova de promover reflexões sobre cidadania, direitos humanos e democracia, em consonância com desafios sociais que o vestibulando encontrará no mundo real. A capacidade de identificar a aplicação filosófica em questões práticas será essencial para um bom desempenho.
Os conteúdos preferidos refletem uma tendência do Enem em manter um equilíbrio entre os fundamentos da filosofia e questões de cidadania que exigem do candidato não apenas conhecimento técnico, mas senso crítico em interpretação e aplicação.
Conclusão
Com base nos últimos anos, as questões de filosofia no Enem têm se mostrado equilibradas, abrangendo períodos clássicos, modernos e contemporâneos. Pensadores como Aristóteles, Platão e Descartes, além de temas recorrentes como ética, política e cidadania, são frequentemente cobrados, destacando a relevância de compreender tanto os conteúdos teóricos quanto os seus contextos históricos. Atenção especial deve ser dada aos filósofos mais presentes, como Aristóteles e Foucault, e a tópicos de atualidade que dialoguem com os Direitos Humanos e questões sociais.
A preparação ideal envolve revisões estratégicas, identificação das temáticas mais abordadas e resolução de questões anteriores. Revisar conteúdos amplos e interdisciplinares, com atenção ao vocabulário específico da filosofia, é essencial para interpretar os enunciados e assegurar um desempenho sólido. Considere ferramentas como PDFs, aulas online e simulados fornecidos por cursos preparatórios, que orientam no reconhecimento das especificidades da prova e potencializam a segurança ao abordar questões da matéria.
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