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Medicina Intensiva: o que é, residência, atuação, remuneração e mais!

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Medicina Intensiva: o que é, residência, atuação, remuneração e mais! — Confira um guia completo sobre a Medicina Intensiva, incluindo informações sobre a residência médica, áreas de atuação, salário e muito mais!

No mundo da medicina, certamente existem várias especialidades em que os médicos podem se aprofundar após a graduação. Uma dessas é a Medicina Intensiva, que tornou-se crucial, especialmente em tempos de pandemia. A medicina intensiva é uma especialidade médica dedicada ao cuidado de pacientes críticos, que exigem vigilância constante e cuidados integrados. Esses profissionais desempenham papéis indispensáveis em UTIs, e ainda, ampliam seu conhecimento em diversas áreas como Neurologia, Pneumologia, Infectologia e Cardiologia.

Neste guia, abordaremos os detalhes sobre essa especialidade, incluindo suas áreas de atuação, rotina durante a formação na residência médica, e remuneração após a formação

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O que é a Medicina Intensiva?

A Medicina Intensiva é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes em estado grave ou que necessitam de cuidados intensivos. Essa área da medicina envolve o atendimento de pacientes que apresentam doenças graves, condições pós-operatórias complexas, traumas graves, alterações cardiovasculares, entre outras situações críticas.

A atuação do médico intensivista ocorre, geralmente, em unidades de terapia intensiva (UTIs) de hospitais, onde são oferecidos cuidados intensivos para pacientes em estado crítico. Os médicos intensivistas são responsáveis por tomar decisões rápidas e precisas, trabalhando em equipe multidisciplinar para garantir o melhor tratamento possível aos pacientes.

A área da Medicina Intensiva exige que o profissional tenha habilidades técnicas avançadas e capacidade de lidar com situações de extrema urgência. Algumas das responsabilidades do médico intensivista incluem:

  • Monitoramento constante dos sinais vitais dos pacientes;
  • Avaliação e tratamento de complicações que surgem durante o atendimento;
  • Prescrição e ajuste de medicações, sobretudo sedativos, analgésicos, vasopressores, antibióticos;
  • Realização de procedimentos invasivos, como intubação traqueal e acesso venoso central;
  • Supervisão e coordenação da equipe que atua na UTI;
  • Tomada de decisões rápidas e precisas em situações de emergência.

Após concluir sua formação, os médicos intensivistas tem a opção de atuar tanto na função de médico plantonista, como de médico diarista de unidades de terapia intensiva. 

Os médicos plantonistas permanecem de plantão usualmente por pelo menos 12h, e são responsáveis por acompanhar os pacientes durante todo o período, manejando complicações, realizando procedimentos e tomando as condutas necessárias para o dia. 

O médico diarista, é responsável sobretudo por discutir, de modo linear, todos os dias, os casos de uma unidade de terapia intensiva, visando a manter uma continuidade das condutas. Usualmente, tal médico permanece por 4-6 horas na UTI, e tem a responsabilidade principal de coordenar o cuidado dos pacientes.

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Residência médica em Medicina Intensiva

Para se tornar um médico intensivista, é necessário concluir a graduação em Medicina e, em seguida, fazer uma residência em Medicina Intensiva. A residência médica nessa área tem duração de três anos.

Durante a residência em Medicina Intensiva, o médico recebe treinamento teórico e prático para adquirir as habilidades necessárias para atuar nessa especialidade. A formação abrange conhecimentos em áreas como ventilação, monitorização hemodinâmica, suporte nutricional, manejo de infecções, entre outras.

Após a conclusão da residência, o médico pode realizar a prova de título de especialista em Medicina Intensiva, conferido pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).

Requisitos para a residência em medicina Intensiva

Para ingressar na residência médica em Medicina Intensiva, é necessário ter concluído a graduação em Medicina e obter o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). A seguir, é necessária a aprovação em processo seletivo para programa de residência em tal área, que envolve diversas etapas, como prova teórica, análise curricular, prova prática e entrevista. A residência terá, então, duração de três anos, com rotina abordada a seguir.

Rotina da residência em Medicina Intensiva

Como ocorre nas residências em geral, a residência é dividida em rodízios de algumas semanas (usualmente, de 4 a 6 semanas), durante os quais os residentes concentram-se em atividades específicas. Exemplos típicos de rodízios presentes nas residências de medicina intensiva são:

  • Rodízios de pronto-socorro, mais voltados à atuação sobre patologias clínicas mais comuns nos cenários de urgência e emergência, em que os residentes se dedicam, na maior parte dos dias, em plantões de sala de urgência e emergência. Usualmente, as residências de medicina intensiva têm maior carga tais plantões no primeiro ano da formação, voltando ao estabelecimento de uma base teórica e prática
  • Rodízios em unidades de terapia intensiva (UTIs) gerais e de subespecialidades, durante os quais os residentes se tornam tornar responsáveis pelo cuidado aos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva diversas. Tais estágios constituem o cerne da residência, e variam a depender do programa e, portanto, do hospital de atuação
  • Rodízios adicionais: ademais dos estágios em pronto-socorro e em UTIs diversas, as residências podem ter estágios em locais adicionais a depender de cada programa. Em geral, há um pequeno número de rodízios de enfermaria, presentes usualmente apenas no primeiro ano, e não há rodízios de ambulatório.

A grade programática varia entre os diversos programas de residência. De modo geral, porém, todos os programas visam a permitir que os médicos aprendam, na teoria e na prática, o manejo de todos os aspectos do cuidado do paciente crítico, e das principais urgências e emergências clínicas nos cenários de pronto-socorro e UTI.

Carga horária intensa e desafiadora

A carga horária na residência em Medicina Intensiva geralmente atinge, no mínimo, as 60 horas semanais estipuladas pela regulamentação vigente. Todavia, a depender do programa de residência, tal carga horária pode ser ultrapassada, à medida que seja necessário a permanência do residente na UTI por horas adicionais ao plantão estipulado para realização de procedimentos e resolução de pendências. Além disso, cabe observar que as 60 horas se referem à carga horária de trabalho do residente, e não incluem as horas em que se espera que ele se dedique ao estudo teórico individual necessário à sua formação.

Responsabilidades do médico residente em Medicina Intensiva

Durante a residência em Medicina Intensiva, os médicos residentes assumem diversas responsabilidades. Eles são responsáveis pelo manejo clínico dos pacientes críticos, que abrange a monitorização e cuidados dos diversos sistemas, com destaque para o manejo ventilatório, hemodinâmico, neurológico, tratamento de infecções, dentre outros.Trata-se de função de grande responsabilidade, haja vista que se trata dos pacientes mais graves do hospital.

Além disso, os médicos residentes desempenham um papel fundamental na comunicação com os familiares dos pacientes, fornecendo informações sobre o estado de saúde e esclarecendo dúvidas. Eles também interagem com outros membros da equipe multidisciplinar, como enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos, para garantir um cuidado integrado e individualizado aos pacientes.

Como ingressar na residência médica em Medicina Intensiva

A residência médica em Medicina Intensiva é uma especialização muito procurada por estudantes de Medicina que desejam atuar nessa área específica. Para ingressar nessa residência, é preciso passar por um processo seletivo rigoroso, com critérios de avaliação bem definidos.

Processo de seleção

O processo seletivo para a residência médica em Medicina Intensiva geralmente envolve a realização de uma prova teórica e de uma fase prática.

 A prova teórica avalia os conhecimentos gerais do candidato em cinco áreas: clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, e medicina preventiva. Tal prova é constituída, geralmente, por 80 a 100 questões de múltipla-escolha, divididas igualmente entre tais áreas, mas pode incluir também questões dissertativas, a depender do processo seletivo – a Unicamp, por exemplo, prioriza a realização de questões dissertativas de resposta curta em tal etapa.

A seguir, muitos processos seletivos, como do Hospital Israelita Albert Einstein e o da USP-RP, incluem uma prova prática, constituída por estações que simulam situações clínicas nas quais são avaliadas habilidades práticas dos candidatos, como realização de anamnese, exame físico, procedimentos básicos e tomada de decisões. 

Por fim, é comum que os processos seletivos incluam etapa de avaliação curricular, em que o histórico escolar dos candidatos e experiências prévias como pesquisa científica e realização de estágios são avaliados; pode haver também uma etapa de entrevista, em que os currículos são analisados e aspectos subjetivos dos candidatos são discutidos pelos avaliadores.

Ao término do processo seletivo, as notas das três etapas compõem uma média final, com a qual os candidatos são classificados e, de acordo com o número de vagas disponibilizado, podem ingressar na residência.

Como se preparar para o processo seletivo para a residência médica em Medicina Intensiva

A preparação para o processo seletivo para a residência nas especialidades de acesso direto de modo geral exige que os candidatos conheçam as etapas avaliativas de sua instituição de interesse e se dediquem a elas.

O preparo para tal a prova teórica constitui o fator determinante para a aprovação da maioria dos candidatos, visto que ela constitui a maior parcela da média final para classificação; como recursos para tal preparo, os candidatos costumam se valer de materiais diversos, como:

  • Bancos de questões comentadas: a utilização de bancos de questões permite aos candidatos estudar os temas abordados pelas provas com questões comentadas, um dos meios comprovadamente mais eficazes para o aprendizado. Entre os bancos de questões utilizados pelos candidatos, o banco do Estratégia MED destaca-se por ter mais de 90.000 questões, em grande parte já comentadas com comentários detalhados em vídeo e em texto, feitos por professores especialistas no tema, e pela grande capacidade de filtrar as questões no estudo. P.e.x, observe como o banco permite filtrar, em detalhes, apenas as questões já avaliadas sobre um subtema dentro do tema “Anafilaxia” e, a seguir, acessar as questões desejadas, com comentários em texto e em vídeo.
  • Provas anteriores: ademais do estudo por questões individuais, é essencial que os candidatos se habituem a realizar provas de residência anteriores na íntegra, para que se habituem ao estilo da instituição de interesse e ao cansaço que pode surgir ao realizar provas inteiras.
  • Vídeo-aulas e Livros digitais: assistir vídeo-aulas e ler textos sobre os temas constitui em métodos de exposição inicial aos temas estudados muito utilizados pelos candidatos.
  • Flashcards: o estudo com flashcards auxilia os candidatos a memorizar, por meio da repetição espaçada, os principais conceitos avaliados pelas provas. Os candidatos costumam se valer de cursinhos preparatórios para o acesso a tais materiais para o preparo para os processos seletivos. O Extensivo do Estratégia MED destaca-se, nesse sentido, pela diversidade de tipos de materiais de estudo que oferece e pela facilidade com que são acessados. Assim, o aluno pode adequar seu estudo aos métodos que lhe permitem melhor absorver o conteúdo, seja por vídeos, livros, resumos, revisão de slides, mapas mentais ou flashcards:

A preparação para a prova prática, necessária para os processos seletivos que a incluem, pode envolver o estudo de estações práticas previamente cobradas pela instituição de interesse e por outras instituições – as provas práticas de residência médica são geralmente compostas por estações que simulam atendimentos clínicos, com duração de 5 a 10 minutos, nos quais habilidades dos candidatos em realização de anamnese, exame físico e de procedimentos são avaliadas.

! O Estratégia MED contém um curso específico de preparação para a prova prática, com vídeos sobre a estrutura geral das provas práticas para residência médica e sobre múltiplas estações, cobradas ou não por provas anteriores; o estudo por vídeos e checklists de estações permite que os candidatos se familiarizem com o modo como as provas realizam estações práticas e quais aspectos são valorizados pelos avaliadores.

Para a etapa de avaliação curricular, é essencial que os candidatos analisem os aspectos curriculares valorizados pelo processo seletivo, indicados em seu edital, e incluam-nos com clareza, e com as respectivas comprovações, em seus currículos; entre os aspectos mais comumente valorizados nos editais, têm-se o histórico acadêmico, estágios extracurriculares, participação em ligas acadêmicas, trabalhos científicos, etc.

Por fim, é frequente que os processos incluam uma etapa de entrevista, em que os tópicos descritos no currículo dos candidatos podem ser destrinchados, e as características subjetivas dos candidatos são analisadas pelos avaliadores. Para o preparo a tal etapa, é necessário que os candidatos saibam descrever com clareza as principais atividades que tenham relatado em seus currículos, e possam responder a perguntas subjetivas sobre sua formação e sobre os motivos de seu interesse pela especialidade e pela instituição desejada.

Remuneração em Medicina Intensiva

Salário médio em Medicina Intensiva

O salário médio de um médico intensivista pode variar de acordo com diversos fatores, como a experiência profissional, a cidade ou região onde atua e o tipo de instituição em que trabalha. 

De acordo com informações disponíveis, o salário médio de um intensivista no Brasil varia entre R$10.000 e R$20.000 mensais. É importante ressaltar que esses valores são apenas uma média e que o salário real pode ser maior ou menor dependendo dos fatores mencionados anteriormente. 

Esses valores podem variar de acordo com fatores como a experiência profissional, a localização geográfica e o tipo de instituição onde o médico atua. Além disso, é importante ressaltar que os valores mencionados são apenas uma referência, e o salário real pode ser maior ou menor, dependendo do contexto específico de cada profissional

Além disso, de modo semelhante ao que ocorre com os anestesiologistas, os médicos intensivistas têm como fonte principal de renda a realização de plantões, podendo, assim, ter a renda variável a depender da quantidade de plantões que realizarem  e de sua carga horária de trabalho.  Além disso, à medida que avançam em sua carreira, os médicos intensivistas podem assumir funções de maior responsabilidade, como de médico diarista e coordenador de UTIs, com trabalhos de menor carga horária e maior remuneração, em comparação com o trabalho como plantonista.

No Brasil, sobretudo mais longe dos grandes centros, é frequente que os médicos plantonistas em UTIs não sejam especialistas em terapia intensiva – trata-se, afinal, de uma especialidade com programa de residência de criação e organização mais recentes em comparação às demais. Espera-se, porém, que à medida que tais programas se tornem mais difundidos, e primeiramente nos grandes centros urbanos, que as funções médicas em UTIs sejam ocupadas sobretudo por médicos especialistas na área. Com isso, se espera que a especialidade, e a remuneração a ela associada, se torne cada vez maior.

Conclusão

A atuação em Medicina Intensiva requer dedicação significativa e um alto nível de competência, sendo a residência médica considerada uma etapa crucial neste caminho. Com uma rotina desafiadora, o intensivista trabalha em situações críticas, lidando diretamente com a vida dos pacientes. A residência em Medicina Intensiva elevará o conhecimento do médico a um patamar avançado, equipando-o com as ferramentas necessárias para lidar com situações complexas presentes na UTI. A remuneração nesta área corresponde ao nível de responsabilidade e expertise do profissional, sendo relativamente alta comparada a outras especialidades.

No decorrer da carreira, as oportunidades para os profissionais de Medicina Intensiva podem ser amplas e variadas, sobretudo devido à alta demanda por profissionais especializados no trato com pacientes em estado crítico. Além disso, à medida que a residência em tal especialidade se torne mais difundida e estabelecida no Brasil, espera-se que as perspectivas de crescimento em carreira e de remuneração cresçam para os especialistas da área, que têm a oportunidade de ocupar cargos de coordenação e gestão de UTIs, menos disponíveis para especialistas em outras áreas ou médicos sem especialização.

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